Numa noite de nervos, o maior receio de Jorge Jesus acabou por aparecer e pairar sobre a cabeça dos leões logo aos primeiros minutos de jogo com o golo de Gonçalo Paciência. O avançado que o treinador leonino tanto temia e que, na antevisão ao encontro, o técnico dos “leões” admitiu subtrair – caso pudesse – das escolhas do adversário José Couceiro, acabou por mostrar que estava ali para dar luta. Solto de marcação, conseguiu bater Rui Patrício – que bem se esticou – com um remate rasteiro à entrada da área, entrando junto ao poste direito da baliza “leonina”.
Perante 24.137 espetadores, que proporcionaram um belo ambiente no território dos guerreiros do Minho, o Vitória FC aguentou a sua vantagem – e o ímpeto ofensivo “leonino” – até aos 78 minutos.
Terminado o tempo regulamentar com uma igualdade a um, partiu-se para a cobrança de grandes penalidades, onde os “leões” levaram a melhor – da mesma forma que derrotaram o FC Porto na segunda meia-final – tendo William Carvalho garantido o triunfo, por 5-6.
No final do jogo, Jorge Jesus admitiu que não é fácil tomar decisões e que ser treinador não é uma tarefa fácil, mas que está no Sporting para mostrar que a sua equipa é uma das melhores equipas em Portugal " Não sei se seis Taças da Liga é uma marca... Cinco no Benfica e agora um no Sporting. FOi com essa intenção que, vim para o Sporting. Para meter este clube ao nível do FC Porto e do Benfica que, nos últimos anos, dominavam o futebol em Portugal. Agora queremos disputar as decisões e estar onde estivermos hoje. Não é fácil chegar a um clube sem cultura de ganhar títulos e o Sporting mostrou que é um grande clube em Portugal... Enchemos um estádio numa demonstração de cultura vencedora. O objetivo era ganhar, mas o Sporting voltar a ser um clube de poder, para mim, é uma conquista tão importante como a própria taça".
Depois de duas finais perdidas (2008 e 2009) - uma delas logo na primeira edição, curiosamente contra o Vitória de Setúbal - o Sporting acabou por conquistar pela primeira vez a Taça da Liga.